A rotina de vida contemporânea vem impondo, com muita rapidez, novos hábitos de vida – ou por necessidade, ou pelo fato de que novos gostos surgem com as mudanças tecnológicas, de comportamento, sociais etc.
Neste cenário, o design de interiores tem sido uma das áreas mais impactadas pelas novas características da vida contemporânea. Afinal, o espaço dentro de casa passou a ganhar mais status, a ter muito mais importância na qualidade de vida das pessoas.
Por isso, os projetos de interiores passaram a ter de dar respostas e soluções a novos problemas, novos paradigmas, novas necessidades. Fora isso, o apelo tecnológico é outro fator que tem contribuído significativamente para uma verdadeira mudança de conceito nesses projetos, pois as inovações oferecidas pela indústria são variadíssimas e, por incrível que pareça, começam a atender demandas específicas, de nichos de públicos, coisa impensável no auge da performance da produção em série.
Uma das áreas que vêm revolucionando o design de interior é a luminotécnica. Iluminar um ambiente deixou de ser mero complemento e passou a ser um item não apenas de valorização dos espaços. A grande novidade é que a iluminação é enormemente responsável pelas características que se quer dar ao ambiente, pela qualidade das experiências da vivência naquele espaço e, claro, pela possibilidade de personalizar os espaços.
Por isso, a indústria mundial tem oferecido variedades de produtos que consideram estética, performance, economia e, comemoremos!, qualidade de vida.
As novidades apresentadas pela evolução tecnológica chegam a oferecer particularidades capazes de personalizar a cena e contemplar necessidades ou gostos muito específicos. Não é possível conceber um projeto sem atenção especial e planejada para a iluminação, pois a luz oferece cores, sombras, nuances, enfatiza detalhes e cria cenas específicas para espaços de lazer, descanso, estudo, alimentação, trabalho etc. A iluminação é capaz de tornar o ambiente mais yin ou yang, dependendo da intensidade.
Meio Ambiente
Maitê Orsi alerta que as lâmpadas fluorescentes contêm mercúrio, que provoca contaminação nos meios físico, biológico e antrópico, em variados níveis. Um dos exemplos mais contundentes da contaminação do meio ambiente e muitos óbitos é o da baia de Minamata no Japão. Lá, porém, governo e comunidade instituíram um amplo programa de recuperação ambiental e atendimento médico, digno de exemplo.
Por conta do mercúrio, as fluorescentes precisam ser descartadas em locais específicos, não podendo ter o mesmo destino do lixo comum. No Brasil há empresas habilitadas para a reciclagem em Paulínia-SP, em Indaiá-SC e Curitiba-PR. O uso industrial e comercial do produto sugere maior facilidade de gerenciamento do descarte, pela própria situação de legislações específicas, mas o residencial tem sido pauta de discussão. Não há ainda nenhuma política pública de destinação das mesmas, nem regulamentação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) para a sua reciclagem.
Segundo um relatório da ONU divulgado na Tailândia, o Brasil precisa fazer três ações para conter o aquecimento global: conter desmatamentos ilegais, investir em energias limpas como as fontes eólicas e a termosolar e aplicar técnicas de eficiência energética para reduzir desperdício, investindo no uso de lâmpadas econômicas. Já existem fabricantes que receberam aprovação da ONU para um programa de redução das emissões de CO2 por meio do uso de iluminação mais eficiente.
A designer de interiores Maitê Orsi é pós-graduada em Lighting Design e consultora de Feng Shui
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